Maple Bear João Pessoa

/

set 11, 2023

Favorecendo a inteligência emocional desde a infância

AUTOR

Tércia Andrade

TEMPO DE LEITURA

5 min

COMPARTILHE

A educação socioemocional é um pilar essencial da vida de qualquer ser humano, contribuindo com nossa jornada pessoal, social e afetiva. Ela opera através do reconhecimento e regulação de nossas emoções, capacitando-nos a compreender a nós mesmos e, assim, aproveitar plenamente cada etapa da vida de maneira saudável. Além disso, essa autocompreensão emocional nos permite identificar nossas competências e administrá-las de forma eficaz.

Mas como podemos favorecer o desenvolvimento dessas habilidades desde a infância? As habilidades socioemocionais abrangem um conjunto de comportamentos e aptidões que contribuem para um desempenho competente em nossa relação conosco, com nossos grupos sociais e comunidades. Elas incluem o desenvolvimento da inteligência emocional, empatia e comunicação eficaz. 

Desenvolver essas habilidades desde a infância é fundamental para o sucesso escolar, social e familiar de uma criança. Embora não exista uma fórmula mágica para alcançar esse objetivo, há diversas maneiras e oportunidades para praticar habilidades como empatia, autoconhecimento, criatividade, comunicação, resiliência e tomada de decisões. Isso deve ser um esforço conjunto entre alunos, famílias e escolas.

Separamos algumas dicas que podem contribuir nessa jornada:

1 - Abertura para expressar emoções


Em primeiro lugar, criar um ambiente seguro e acolhedor para que as crianças expressem suas emoções é fundamental. Incentive seu filho a falar sobre como se sente, ajudando-o a identificar e lidar com suas emoções. Afinal, para lidar com uma emoção, é preciso, primeiro, conhecê-la.

Além de conhecer as emoções e falar sobre elas, algumas estratégias são úteis quando pensamos em autorregulação emocional, ou seja, saber administrar as emoções e os comportamentos frente a situações complicadas: parar e pensar, evitando a impulsividade; observar o corpo, entendendo como o nosso corpo reage a cada emoção vivenciada; usar técnicas que favorecem o relaxamento, como a respiração profunda, ouvir música e praticar exercício físico.

2 - Brincadeiras interativas


Brincadeiras e atividades que promovem a interação com outras pessoas, como esportes, teatro e música, são excelentes oportunidades para desenvolver habilidades socioemocionais de maneira divertida. Por exemplo, uma criança ao praticar um esporte coletivo, está desenvolvendo a sua capacidade de trabalhar em equipe, ao conviver com pessoas diversas; a sua criatividade, ao buscar estratégias que favoreçam o objetivo da equipe; a sua autorregulação emocional, ao lidar com a possibilidade de ganhar ou perder e com a frustração; além de disciplina e responsabilidade. Outro exemplo de brincadeira interativa é a mímica, onde a criança tem a oportunidade de experimentar outras formas de comunicação, além de recriar, interpretar e relacionar-se com o mundo em que vive.

3 - Estímulo à resolução de problemas


Incentivar a resolução de problemas é um caminho valioso. A educação socioemocional prepara as crianças para enfrentar os desafios da vida. Motive seus filhos a identificar problemas, mesmo que sejam pequenos, e a encontrar soluções para eles. Isso pode incluir a organização dos brinquedos ou a resolução de conflitos com amigos ou irmãos.

Sabemos e compreendemos que, muitas vezes, quando estamos no lugar de família, tendemos a querer resolver todos os conflitos que envolvem as crianças, seja em casa ou na escola. Porém, mais valioso que sempre resolver por elas, é favorecer habilidades que as auxiliem nesse processo. A assertividade, por exemplo, pode nos ajudar nisso! A criança que tem a oportunidade de desenvolver uma comunicação assertiva, ou seja, uma criança que busca expressar os seus sentimentos de maneira clara e apropriada, superando a passividade e exercendo o autocontrole da agressividade, conquista, cada vez mais, a capacidade de se defender por conta própria.

Algumas dicas desse texto tiveram como base o livro “Devo ou não devo? Posso ou não posso? Algumas possibilidades para ajudar pais e educadores nas tomadas de decisão”, e podem ser consultadas no capítulo: "Empatia. É preciso ensinar praticando”. Esse livro foi escrito por Lúcia Wolmer e Gabriela Miranda, diretora e vice-diretora da Maple Bear João Pessoa, respectivamente.

Autora do blog


Esse texto foi escrito por Ms. Tércia Andrade, que é psicóloga e atua como professora do LIV na Maple Bear João Pessoa no SK, fundamental 1 e 2. Além disso, Ms. Tércia gosta de jogar vôlei, poesia e fotografia.